O Projeto | Contexto

As mudanças socioculturais impulsionadas pelas novas tecnologias de informação e comunicação originaram novas narrativas e uma cultura participativa nos dias atuais, que alcançam públicos diversos, e possibilitam que tais públicos exerçam um papel ativo no debate, na criação, produção e compartilhamento de conteúdos para a valorização da sua própria comunidade.

Nesse contexto está inserido o campo do patrimônio cultural, que é uma temática contemporânea relevante e deve ser repensado de modo mais inclusivo, como é o caso do projeto Caçadores de Histórias do ABC, que busca dar visibilidade a novas narrativas evidenciadas pelas memórias dos habitantes das cidades do ABC e assumir formas narrativas contemporâneas para valorizar a comunicação de interesse público do patrimônio em sua própria comunidade local. 

Novas formas narrativas do patrimônio, elaboradas a partir de narrativas orais e representações fotográficas, introduzem um caráter inovador nas pesquisas em comunicação de interesse público associadas à valorização do patrimônio cultural das cidades, conforme explica a historiadora Profa Dra Priscila Perazzo, líder do grupo de pesquisa Memórias do ABC, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. (Veja o vídeo)

No contexto da comunicação de interesse público, produzida por meio de novas formas narrativas para o patrimônio cultural, torna-se importante considerar as cidades como lugares de vida, de memória e de construção coletiva por diversos atores sociais que, envolvidos em sua produção concreta e/ou abstrata, operam de forma gradual e dinâmica, conferindo a ela um caráter de contínua transformação.

Dessa forma, a imagem da cidade de São Bernardo do Campo deve ser pensada como uma rede de associações, memórias e significados que os moradores atribuem aos espaços urbanos e às edificações da cidade, que pode ser disseminada, cultivada e revivida por diferentes gerações, constituindo-se a partir das “memórias de interesse público”.

A cidade de São Bernardo do Campo é a maior cidade da região do Grande ABC Paulista, considerada como o primeiro polo industrial brasileiro a partir de 1950, com a implantação da rodovia Anchieta. Antes de 1950, a Cidade se desenvolveu em torno da Estrada Geral de Santos, hoje denominada de Rua Marechal Deodoro, que é rica em referências na memória  social de seus moradores conforme explica o cientista social Jorge Henrique Scopel Jacobine, pesquisador do Centro de Memória de São Bernardo do Campo  (Veja o Vídeo)

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